Marketing Digital: O que esperar para 2023

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Estratégias de marketing digital fazem parte do plano de marketing de qualquer empresa. Posso afirmar que 9 em cada 10 profissionais de marketing acreditam que o digital é a melhor forma de alcançar seu público-alvo.

O grande desafio, porém, é acompanhar a constante transformação do mercado e ficar atualizado sobre as novas ferramentas e tendências.

Neste artigo faço um exercício para entender o estágio atual do marketing digital e o que esperar em 2023.

Índice

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O estágio atual do Marketing Digital

Mesmo com a transformação acelerada há algo que não mudou no marketing digital: a premissa de que fazer o básico bem feito é a principal estratégia. Ações de e-mail marketing, automação, redes sociais, publicidade pay-per-click e conteúdo continuam sendo os pilares da maioria dos planos de campanhas. Por isso, planejar e gerenciar bem os recursos disponíveis (pessoas, orçamento e tecnologia) é fundamental para ser competitivo.

Com o objetivo de se adaptar às mudanças de comportamento do consumidor e até oferecer maior produtividade e personalização, cada um desses pilares estratégicos do marketing digital está recebendo camadas de inovação. Entre as principais tecnologias aplicadas está a inteligência artificial (IA) e machine learning, já muito presente nas plataformas e ferramentas mais utilizadas pelos “marketeiros”. Elas ajudam nas ações de automatização de campanhas, atendimento de clientes e na produção de conteúdo.

No marketing de conteúdo o destaque está na utilização de influenciadores de todos os portes nas estratégias das principais marcas. Também impulsionada pela dificuldade de competir na mídia paga (CPC), que apresenta valores cada vez mais altos, uma fatia gorda dos investimentos foi direcionada a influenciadores. Quando bem planejado, este é um caminho com resultados reconhecidos – quando uma “autoridade” fala sobre seu produto/serviço, os interessados se multiplicam.

Por fim, um desafio que custa a ser superado na maioria das operações de marketing é a tomada de decisões baseadas em dados (data-driven marketing). A utilização de dados para compreender melhor a jornada dos clientes e executar ações personalizadas ainda é algo raro e restrito a empresas que podem pagar por ferramentas e brigar pelos escassos profissionais de business intelligence.

Pelo que percebo atualmente, a maioria das equipes de marketing tem algum tipo de problema com o data-driven ou eles não têm dados suficientes, têm muitos ou, mais comumente, não sabem o que fazer com eles.

O que esperar do marketing digital em 2023

É chato falar sobre um futuro muito distante, de coisas pouco aplicáveis em nossos planejamentos. Por isso quero abordar o futuro próximo, listando aquilo que acredito que fará diferença nas estratégias de marketing digital mais utilizadas.

Marketing Conversacional

Com a dificuldade cada vez maior de se comunicar com o público por meio de e-mail marketing, ganham força as estratégias que permitam uma comunicação mais próxima. É o caso do marketing conversacional. O Conversational Marketing é basicamente uma ação focada no diálogo, que utiliza comunicação em tempo real por meio de canais de conversação, como chatbots, chat ao vivo, mídias sociais e aplicativos de mensagens. É uma forma de movimentar rapidamente os leads pela jornada de compra, conectar-se em um nível mais pessoal e acelerar as conversões.

Ferramentas antes focadas na comunicação por email, como a RD Station, a Hubspot e a Active Campaign, já oferecem recursos para ações de marketing conversacional. O que demonstra a necessidade do mercado em fazer essa pivotagem.

Gestão de projetos e processos

Todas empresas relevantes e em crescimento estão fazendo marketing digital. E o que acontece em um cenário onde todos estão disputando? Fica extremamente competitivo.

Vence neste mundo quem tem a melhor gestão. Gestão é a habilidade de fazer mais com menos, de aplicar os recursos (financeiros, pessoas e tecnologia) com maior eficiência.

A maioria das equipes de marketing ainda “engatinha” na gestão de projetos e processos. Não é uma habilidade comum aos profissionais deste mercado. Por isso, muitos profissionais de TI e engenheiros se destacam no marketing. Portanto, os líderes das equipes de marketing terão que meter a mão na massa e cuidar de todas as fases da gestão: estratégia, produção, performance e conhecimento.

Os métodos de gestão ágeis de equipes de marketing tem se destacado, visto que este mercado está em evolução acelerada, e há muito ainda o que aprender e descobrir.

O eKyte é um aliado para equipes que desejam adotar metodologias ágeis de gestão de marketing digital.

Data-driven Marketing

O marketing digital sempre foi valorizado em relação ao marketing off-line pela capacidade de demonstrar os resultados. Mas não é tão simples quanto parece. Uma campanha simples pode gerar milhões de combinações de indicadores. A verdade é que a pouco se explora ainda nos dados, há um mundo de oportunidades.

Os conceitos data-driven podem decolar a produtividade das equipes e resultado das campanhas. Mas antes, é importante compreender que se vai além de relatórios e estatísticas. Ser data-driven exige uma mudança cultural de toda a empresa. E claro, tecnologias para habilitar e agilizar esta cultura.

O eKyte é um é uma plataforma para gestão de todas as fases do marketing digital, inclusive na cultura data-driven.

Inteligência Artificial

É um passo adicional ao data-driven marketing citado anteriormente.

IA não é uma estratégia, mas sim um recurso já presente no marketing digital. Nos últimos anos, a aplicação mais comum foi no uso de bots, que fizeram com que o item citado acima (marketing conversacional) evoluísse. Agora, vemos a inteligência artificial oferecendo outros benefícios:

Aumento de produtividade: Usar algoritmos de IA para acelerar a produção de conteúdos de todos os tipos estará ao alcance de todos. Ferramentas para produção de textos como a WriteSonic, Jasper e Copy.AI produzem centenas de textos de boa qualidade em poucos minutos. Soluções como o Dall-E, que permitem criar imagens e ilustrações apenas com descrições textuais, estão ajudando designers a serem mais produtivos. A mesma tecnologia já existe para criação automatizada de vídeos e tende a ser muito utilizado, pois é o formato mais consumido por usuários. (Vale ler sobre GPT-4)
Aumento de performance: Google Ads, Meta Ads e outras plataformas já oferecem insights para melhoria das campanhas utilizando IA. O avanço da tecnologia vai gerar insights ainda mais específicos, analisando conjuntos de dados em grande escala e utilizando aprendizado de máquina. A tendência é que os insights antes não muito eficientes comecem a ajudar de verdade.

Vídeos. Sempre os vídeos

Não há o que discutir: vídeos são os formatos mais consumidos e merecem sempre a atenção. Há espaço para se trabalhar em todos os tipos de vídeos, mas quando se fala em marketing digital precisamos principalmente falar dos vídeos em mídias sociais.

Os gastos com anúncios em mídias sociais devem atingir US$ 252 bilhões até 2026. E a partir de agora (2022), cerca de um terço do total de gastos com publicidade está indo para anúncios em plataformas de mídia social. Das principais novidades para 2023, devemos ficar atento há:

Anúncio do Youtube Shorts com recursos muito parecidos com os anúncios em vídeo do TikTok. Sendo o Google Ads uma plataforma comum para qualquer marketeiro, a utilização deste formato será muito comum.
Meta está lançando novos recursos para publicidade no Instagram constantemente. Novas ferramentas de adição de músicas, anúncios na página explorar e feed e recursos de AR são os carros chefe.
Transmissão ao vivo virou realidade pós-pandemia. Fenômenos como o Canal do Cazé que transmitiu a Copa da FIFA mostraram para as marcas que há um caminho de investimento que não passa pelos grandes conglomerados de comunicação (no sentido de negociação).
Vídeos curtos continuam sendo os que trazem mais resultados e são os preferidos dos millennials e da geração Z. O sucesso, que começou com usuários fazendo dancinhas, já é bem explorado por marcas e influenciadores.

Marketing de Influência

Uma estratégia utilizando influenciadores tem como objetivo uma comunicação mais sincera e genuína com o público. Hoje se espera que as marcas interajam, eduquem e entretenham seus clientes. É papel dos influenciadores assumirem essa “bronca” e realizarem essas ações. Em 2023 veremos:

Parcerias com micro e nanos influenciadores: são considerados micro influenciadores aqueles com contas entre 10.000 e 100.000 seguidores, os nano influenciadores têm menos de 10.000 seguidores. Segundo dados da Lauchmetrics, no mercado americano de beleza essa estratégia já é um sucesso. Empresas como a Dior tiveram 34% do seu impacto de mídia vindo desta origem.
Parcerias de longo prazo: o marketing de influenciadores já foi considerado uma ação de “guerrilha”, pontual. Agora, cada vez mais faz parte do mix de marketing das marcas. Parcerias de longo prazo permitem que os influenciadores aprendam mais sobre a marca com a qual estão trabalhando. Estarão mais familiarizados com o tom de voz que a empresa deseja projetar, deixando-os mais livres para criar sem exigir tanto controle do conteúdo.
Ferramentas/empresas para encontrar influenciadores: à medida que os custos de publicidade e da inflação disparam, muitos profissionais de marketing estão procurando influenciadores com uma maneira alternativa para impactar seu público. Mas encontrar o influenciador correto não é tarefa fácil. Por isso, empresas que gerenciam contratos e encontram perfis corretos e ferramentas que façam essa conexão estão crescendo e recebendo investimentos.

Conclusão

O marketing digital segue em constante mudança e é importante que as marcas se mantenham atualizadas em relação às últimas tendências, que mostram como o público está se comportando.

As empresas devem concentrar-se em fazer uma gestão adequada dos recursos disponíveis e ficar atentas às evoluções das estratégias pilares do marketing digital. Novos recursos e tecnologias chegam para ajudar na produtividade para criação de conteúdo, na personalização da comunicação e em insights para performance de campanhas. Não adianta olhar para novidades como metaverso e novas redes sociais quando se tem uma gestão ineficiente das ações básicas do marketing digital.